O que o câncer, obesidade, estresse, COVID-19, diabetes e hipertensão arterial têm em comum? Um corpo inflamado! Todas as doenças crônicas possuem um fator inflamatório exacerbado para que elas consigam se instalar.
Quando olhamos para as doenças que afligiam o mundo cem anos atrás, nos deparamos com doenças agudas, especialmente infecções como meningites, pneumonias e tuberculose. Mas, a partir do advento dos antibióticos, em 1928, esse cenário começou a mudar.
Com o avanço da tecnologia, o estilo de vida do ser humano também foi modificado. Por um lado, nos especializamos em diagnósticos mais precoces e em tratamentos mais assertivos. Por outro, o sedentarismo, como resultado de uma vida cada vez mais prática e cômoda; a falta de sono adequado, como resultado de tanta tecnologia ao nosso dispor; e a mudança alimentar, principalmente direcionada a alimentos processados e rápidos, fez com que algo mudasse bruscamente no organismo humano.
Se ontem morríamos com doenças agudas, hoje, o que nos mata são as doenças crônicas. Então, o que está inflamando nosso organismo para que o padrão das doenças fosse tão bruscamente modificado?
Primeiramente, precisamos entender que o processo de inflamação é bom e necessário a todos nós, pois é uma resposta do nosso organismo à uma infecção, quando temos um microrganismo nos atacando, ou à uma lesão, como um corte da pele, por exemplo. O problema é quando essa inflamação está desequilibrada!
Algumas coisas estimulam ou inibem a inflamação do nosso corpo. Por exemplo, picos séricos elevados de insulina fazem com que aumentem nossos fatores inflamatórios. Outro exemplo é que o equilíbrio entre o Ômega 3 e Ômega 6, influencia em nossa inflamação, sendo o Ômega 3 responsável por limitar a fabricação de gordura e acalmar a inflamação, enquanto o Ômega 6 estimula tanto a fabricação de gordura, quanto a inflamação.
E esse equilíbrio mudou nos últimos 80 anos, pois três fatores abalaram nosso meio ambiente após 1940:
- o aumento no consumo de açúcar – passando de 5 kg ao ano por pessoa, em 1830, a 70 kg ao ano por pessoa, em 2000;
- a transformação da agricultura e da criação de animais
- e a exposição de múltiplos produtos químicos que não existiam anteriormente.
Com o aumento dos laticínios e do consumo de carne bovina, consequentemente houve a redução de espaços necessários para pastagens, e, assim, a necessidade de criação confinada com ração para os animais feita principalmente de milho, soja e trigo, em substituição do capim. A proporção entre o Ômega 3 e 6 passou de 1/1 (do boi que come capim) para 1/15 até 1/40 (boi que come ração). O mesmo também acontece com ovos de galinhas tratadas com ração.
Esses fatores fizeram com que desequilibrasse nossa fisiologia, aumentando todas as doenças vinculadas à inflamação, como obesidade, síndromes metabólicas e câncer. Por isso, preste atenção à sua alimentação e ao seu estilo de vida. Se questione. Deus nos pede, em Romanos 12:2, para que: “não nos conformemos com esse século(…).”
Vigie sua alimentação, evite alimentos ricos em Ômega 6 e use diariamente alimentos naturalmente anti-inflamatórios como o açafrão, vegetais verde-escuros, frutas cítricas e linhaça. E saiba que dormir adequadamente e fazer exercícios físicos também são ótimos anti-inflamatórios.
Que você tenha sempre boa saúde!